sábado, 22 de outubro de 2011

ArteFatos Indígenas - mais informações

A exposição Artefatos Indígenas, em cartaz no Pavilhão das Culturas Brasileiras, está apresentando um pouco do universo das culturas indígenas brasileiras. Em cada peça da exposição é possível conhecer e entender um pouco mais sobre cada povo, seus costumes, saberes e sua arte.

Vamos apresentar algumas das peças que fazem parte da exposição. Ao lado de cada imagem, um pequeno texto informativo.




 Banco de pajé em forma de pássaro
Nordevaldo dos Santos, 2011
Povo Galibi Marworno - Amapá
Para os povos indígenas do Oiapoque, as aves são o paradigma do invisível, grandes auxiliadoras dos pajés com quem elas realizam suas viagens para outros mundos. É sentado sobre um pequeno banco ornitomorfo que o pajé entra em contato com os espíritos do outro mundo, realizando suas curas.





   Kusiwá  (arte gráfica Wajãpi)
     Desenho sobre papel com o motivo murua soka (pernas de rã)
     Asurui Wajãpi, julho de 2010
Povo Wajãpi - Amapá
Os padrões da arte gráfica Wajãpi, hoje considerados Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO, encerram conhecimentos tradicionais sobre as plantas, animais e coisas que os rodeiam. 
Os Wajãpi dizem ter pego estes motivos gráficos de seus donos, os animais e peixes que hoje em dia andam invisíveis. Por isso os Wajãpi se consideram hoje os guardiões desses conhecimentos.




 Bolsa de algodão
Kyremu Wajãpi, maio de 2010
Povo Wajãpi – Amapá
Bolsa tecida com algodão nativo, reproduzindo motivo gráfico “espinha de peixe” (paku kãgwer). A arte da tecelagem em algodão é uma atividade feminina por excelência entre os Wajãpi. As mulheres cultivam o algodão em suas roças, e fiam com fusos de madeira os fios com que tecem suas redes de dormir, saias e as tipoias em que carregam seus filhos. Em anos recentes, passaram a confeccionar novos objetos para o mundo de fora da aldeia, como as bolsas.




 Roda de teto de casa comunitária
Jaké Aparai, junho de 2010
Povos Wayana e Aparai – Amapá
As malocas comunitárias wayana ou aparai usadas para festas e reuniões, diferente das casas de moradia, são circulares e tem um teto muito alto. O esteio central é arrematado por uma roda que representa a  “arraia sobrenatural” ( maruana para os Apalai, ou maluana para os Wayana). A roda é feita da raiz de sumaúma e pintada com fuligem e corantes naturais. Os grafismos se distribuem como a pintura corporal da arraia e formam outros seres sobrenaturais em forma de lagartas e arara-peixe. Estes animais estão associados a diferentes esferas da cosmologia wayana e aparai.



 Máscara cerimonial Tamoko
Operi Wayana , junho de 2010
Povo Wayana - Amapá
Nos rituais, os Wayana e os Aparai procuram se comunicar com heróis criadores e seres primordiais, alguns dos quais já foram humanos um dia, mas se tornaram sobrenaturais. Estes rituais são reuniões festivas com danças com máscaras e oferenda de comidas e bebidas, reunindo um grande número de pessoas.











Mais imagens abaixo (folder da exposição)

frente














verso




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