Você já visitou a exposição Artefatos Indígenas?
Vamos apresentar mais algumas imagens das peças em exposição no Pavilhão das Culturas Brasileiras. Ao lado de cada imagem, um pequeno texto informativo.
Testeira
Artesão desconhecido, s/d
(Coleta e doação de Lux Vidal, década de 1970)
Povo Kayapó Xikrin, Pará
Adorno de cabeça, confeccionado com taquara, fio de algodão, envira, retrizes de japu e arara vermelha e penugem preta de mutum, revela um exímio domínio de procedimentos técnicos aliado a um apurado senso estético. Antigas coleções indígenas pertencentes à Prefeitura de São Paulo, como a coleção Kayapó Xicrin formada por Lux Vidal, serão também integradas ao acervo do Pavilhão das Culturas Brasileiras.
Colar de criança
Artesão desconhecido, 2010
Povo Indígena Kayapó – Pará e Mato Grosso
Os índios Kayapó incorporam muitos materiais modernos em sua produção contemporânea, mas também continuam a produzir seus artefatos tradicionais, como os colares, utilizados em rituais de iniciação e nominação masculina e feminina, de algodão, miçanga, plumas e madrepérola de itã (concha de água doce).
Cocar de plumas de arara
Artesão desconhecido, s/d (Doação de Orlando Villas Boas,1968)
Povo Kaiapó Metuktire, Mato Grosso
Além das novas coleções adquiridas para integrarem o Pavilhão da Culturas Brasileiras, a exposição ArteFatos indígenas também destaca algumas peças das antigas coleções da Prefeitura de São Paulo, como a plumária Kayapó doada em 1968 por Orlando Villas Boas.
Cocar de canudo
Artesão desconhecido, 2009
Povo Kayapó, Mato Grosso
Em 2004, o Ibama proibiu a comercialização de artefatos com matérias-primas oriundas de animais silvestres. Surgiram, no mercado, objetos tradicionais feitos com materiais modernos, como os cocares kayapó, que mantendo a estética e as técnicas tradicionais, substituíram as tradicionais penas de arara e papagaio, por canudinhos de plástico.
Vasilha de cerâmica
Povo Asurini do Xingu - Pará
Os Asurini são um dos poucos povos indígenas da Amazônia que preservaram suas técnicas tradicionais de fazer cerâmica. As ceramistas Asurini fazem as vasilhas de diferentes formas e as pintam com uma combinação de grafismos que pertencem a um repertório finito de motivos.tradicionais. Após a pintura, a vasilha recebe uma camada de resina da árvore do jatobá, para fixar a pintura . Nesta vasilha vê-se aplicado o motivo tayngava/jagiwaky (galho da árvore jagiwa).
Tanga ritual feminina
Lourdes Tiriyó, 2008
Povo Tiriyó - Amapá
Tanga de miçangas, algodão e sementes nativas que combina dois motivos gráficos tradicionais: ariwe iyaramata imenu (desenho tirado do papo do jacaré) e
siminatë wëpapoto imenu (desenho de cipó rasteiro). Tangas tecidas em miçanga por artesãs Tiryió e Kaxuyana são usadas pelas mulheres para dançar em festas e rituais.
Tear de miçangas
Luisa Tiriyó, setembro de 2008
Povo indígena Tiriyó - Amapá
As mulheres Tiriyó e Kaxuyana há tempos incorporaram as miçangas em sua tecelagem tradicional, inicialmente introduzidas pelo contato com escravos fugidos da Guiana Holandesa, no século 19. Já o uso das sementes é mais recente, introduzido pelos povos Wayana vizinhos. Em média, as mulheres levam cerca de 1 mês para confeccionar uma tanga com miçangas.
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