sábado, 24 de setembro de 2011

Para saber mais...



Hoje em dia existem muitas pesquisas sobre Arte Popular Brasileira , e na internet é possível encontrar diferentes sites sobre o assunto. 
Selecionamos aqui dois deles, que possuem algumas informações e imagens sobre as peças de arte popular e sobre os artistas que as produzem. 

Vale a pena conferir!!



Para se ter uma noção mais geral sobre o assunto:
visite o site Arte Popular Brasileira


E para aprofundar seus conhecimentos:
entre no site do Museu Casa do Pontal



Você conhece outros sites que falam sobre esse assunto? Será que é fácil pesquisar sobre Arte Popular Brasileira?



Dona Isabel Mendes da Cunha e suas bonecas* - imagem extraída do site







* Na exposição Novas Aquisições: Artes Plásticas é possível encontrar uma peça dessa artista.

sábado, 17 de setembro de 2011

ArteFatos Indígenas - Abertura


Veja algumas fotos da abertura da Exposição 
ArteFatos Indígenas,
que aconteceu no dia 10 de setembro, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no parque do Ibirapuera. A abertura contou com uma apresentação tradicional indígena, além da apresentação da cantora Marlui Miranda.



Fachada do Pavilhão das Culturas Brasileiras

Vista da exposição - Índios do Oiapoque

Chapéus com plumagem doados pelos índios

Vista geral da exposição


Vista geral da exposição


Vista geral da exposição



Apresentação Ritualística de Índios de Povos do Amapá

Apresentação Ritualística de Índios de Povos do Amapá

Entrega do chapéu ao Secretário de Cultura de São Paulo Carlos Augusto Calil

Entrega do chapéu

Entrega do chapéu

Ritual Indígena realizado na abertura da exposição

Indígenas do Amapá e a cantora Marlui Miranda (centro)








* Crédito das imagens: Gabriela Caetano

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Funções simbólicas e comunicativas da Arte Gráfica Kusiwa


Para ilustrar a origem mítica das diferenças entre animais e humanos, o professor makarato representou a cobra grande, cujos dejetos coloridos deram a origem à variedade de pássaros. Makarato wajãpi, 2000

A tradição gráfica que os Wajãpi do Amapá denominam kusiwa aplica-se à decoração de corpos e objetos, envolvendo técnicas e habilidades diversificadas, como o desenho, o entalhe, o trançado, a tecelagem etc. Sua função principal, no entanto, vai muito além deste uso decorativo, pois o manejo do repertório de padrões gráficos é um prisma que reflete, de forma sintética e eficaz, a cosmologia deste grupo, suas crenças religiosas e práticas xamanísticas.
Trata-se de uma forma de expressão que evidencia, no seu uso cotidiano, o entrelaçamento entre a estética e outros domínios do pensamento. Sua eficácia está na capacidade de estabelecer comunicação com uma realidade de outra ordem, que somente se pode conhecer na mitologia e pelo elenco codificado de padrões. Narrativas orais e composições gráficas colocam em cena seres que não podem mais ser vistos pelos humanos de hoje, mas cuja existência pode ser acessada por meio dessas formas particulares de conhecimento e expressão.
Pela tradição oral dos Wajãpi, a origem das cores e dos padrões gráficos remonta aos tempos primevos, quando surgiram os ancestrais da humanidade atual. Antes disso, não existiam cores nem formas distintas entre os habitantes do mundo: todos eram iguais, sem diferenças marcadas em seus corpos, em suas línguas ou em seus conhecimentos e práticas de vida. A aparência era a mesma para todos, mas não os repertórios musicais, nem os conhecimentos. Foi durante uma grande festa que coube ao demiurgo Janejar promover a separação entre homens e animais, destinando a cada um seu espaço diferenciado e organizando, assim, a vida em sociedade. 

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Preparando e organizando as ideias: Dia do Índio?


A partir de agora, inauguramos no blog a sessão "Preparando e organizando as ideias:", onde procuraremos sempre colocar textos e/ou imagens que levantem questões a serem refletidas, buscando tratar de assuntos relacionados as mostras em exposição no Pavilhão das Culturas Brasileiras. 

Esse espaço será voltado principalmente para professores e educadores, mas aberto a discussão a todos os interessados. Participem!

Como já anunciamos aqui anteriormente, nossa próxima exposição irá trazer peças de produção indígena, e nesse contexto levantamos algumas ideias e questões para reflexão.




Crédito da foto: Elis Regina. Imagem retirada aqui




Preparando...




Você sabe por que o dia 19 de abril é o Dia do Índio? *


Em 1940, o 1º Congresso Indigenista Interamericano, reunido em Patzcuaro, México, aprovou uma recomendação proposta por delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México.

Essa recomendação, de nº 59, propunha:

1. o estabelecimento do Dia do Índio pelos governos dos países americanos, que seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino;


2. que seria adotado o dia 19 de abril para comemorar o Dia do Índio, data em que os delegados indígenas se reuniram pela primeira vez em assembléia no Congresso Indigenista. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.

Pelo Decreto-lei nº 5.540, de 02 de junho de 1943, o Brasil adotou essa recomendação do Congresso Indigenista Interamericano. Assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelos Ministros Apolônio Sales e Oswaldo Aranha, e o seguinte o texto do Decreto:

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoçãqo da data de 19 de abril para o "Dia do Índio", decreta:

Art. 1º - considerado - "Dia do Índio" - a data de 19 de abril.

Art. 2º- Revogam-se as disposições em contrário.

A recomendação de institucionalização do "Dia do Índio" tinha por objetivo geral, entre outros, outorgar aos governos americanos normas necessárias à orientação de suas políticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação das culturas indígenas. Desde, então, existe a comemoração do "Dia do Índio", às vezes, estendida por uma semana, a "Semana do Índio".


* Texto retirado do site do Museu do Índio

Organizando...

Levantaremos aqui algumas questões para reflexão. Que outras questões você também sugere para discussão?


* Como podemos tratar a questão indígena, sem cair em representações caricaturadas ou no imaginário popular?

* Será que as repetidas representações escolares, de pintura corporal ou produção de cocar, realmente ajudam a pensar e debater sobre a real imagem do Índio no Brasil?

* Que ações educacionais são possíveis para apresentar essa questão de forma real e não fantasiosa dentro da sala de aula?

* O dia do índio, como todas as datas 'comemorativas' são muitas vezes reduzidas a festas e representações fantasiosas dentro das escolas. Como mudar essa realidade, e trazer a tona as verdadeiras questões importantes a serem conversadas e debatidas?



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Quem são os Índios?

As questões indígenas no Brasil, ainda são bastante confusas para a maioria das pessoas. A exposição "ArteFatos Indígenas", que será aberta ao público a partir do dia 10 de setembro no Pavilhão das Culturas Brasileiras, trará a tona a discussão sobre esses povos que vivem no Brasil. 

Venha conhecer e visitar a exposição, e refletir sobre a situação indígena em nosso país.



Foto: Ayrton Vignola, 2009


* Por Eduardo Viveiros de Castro, pesquisador e professor de antropologia do Museu Nacional (UFRJ) e sócio-fundador do ISA:

  Índio é qualquer membro de uma comunidade indígena, reconhecido por ela como tal.
  Comunidade indígena é toda comunidade fundada em relações de parentesco ou vizinhança entre seus membros, que mantém laços histórico-culturais com as organizações sociais indígenas pré-colombianas.

As relações de parentesco ou vizinhança constitutivas da comunidade incluem as relações de afinidade, de filiação adotiva, de parentesco ritual ou religioso, e, mais geralmente, definem-se nos termos da concepção dos vínculos interpessoais fundamentais própria da comunidade em questão.
Os laços histórico-culturais com as organizações sociais pré-colombianas compreendem dimensões históricas, culturais e sociopolíticas, a saber:

  A continuidade da presente implantação territorial da comunidade em relação à situação existente no período pré-colombiano. Tal continuidade inclui, em particular, a derivação da situação presente a partir de determinações ou contingências impostas pelos poderes coloniais ou nacionais no passado, tais como migrações forçadas, descimentos, reduções, aldeamentos e demais medidas de assimilação e oclusão étnicas;
  A orientação positiva e ativa do grupo face a discursos e práticas comunitários derivados do fundo cultural ameríndio, e concebidos como patrimônio relevante do grupo. Em vista dos processos de destruição, redução e oclusão cultural associados à situação evocada no item anterior, tais discursos e práticas não são necessariamente aqueles específicos da área cultural (no sentido histórico-etnológico) onde se acha hoje a comunidade;
Outras Leituras
Em abril de 2006, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro falou à equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil. Leia No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é
  A decisão, seja ela manifesta ou simplesmente presumida, da comunidade de se constituir como entidade socialmente diferenciada dentro da comunhão nacional, com autonomia para estatuir e deliberar sobre sua composição (modos de recrutamento e critérios de inclusão de seus membros) e negócios internos (governança comunitária, formas de ocupação do território, regime de intercâmbio com a sociedade envolvente), bem como de definir suas modalidades próprias de reprodução simbólica e material.

* Este texto foi retirado do site do Instituto Socioambiental. Para saber mais clique aqui

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O que você conhece dos povos indígenas no Brasil?



Foto: diversos autores, veja aqui



* Em pleno século XXI a grande maioria dos brasileiros ignora a imensa diversidade de povos indígenas que vivem no país. Estima-se que, na época da chegada dos europeus, fossem mais de 1.000 povos, somando entre 2 e 4 milhões de pessoas. Atualmente encontramos no território brasileiro 234 povos, falantes de mais de 180 línguas diferentes. A maior parte dessa população distribui-se por milhares de aldeias, situadas no interior de 677 Terras Indígenas, de norte a sul do território nacional. Os mais de 230  povos indígenas somam, segundo o Censo IBGE 2010, 817.963 pessoas. Destas, 315.180 vivem em cidades e 502.783 em áreas rurais, o que corresponde aproximadamente a 0,42% da população total do país.

 Falar, hoje, em povos indígenas no Brasil significa reconhecer, basicamente, seis coisas:

•          Nestas terras colonizadas por portugueses, onde viria a se formar um país chamado Brasil, já havia populações humanas que ocupavam territórios específicos;
•          Não sabemos exatamente de onde vieram; dizemos que são "originárias" ou "nativas" porque estavam por aqui antes da ocupação européia;
•          Certos grupos de pessoas que vivem atualmente no território brasileiro estão historicamente vinculados a esses primeiros povos;
•          Os índios que estão hoje no Brasil têm uma longa história, que começou a se diferenciar daquela da civilização ocidental ainda na chamada "pré-história" (com fluxos migratórios do "Velho Mundo" para a América, ocorridos há dezenas de milhares de anos); a história "deles" voltou a se aproximar da "nossa" há cerca de, apenas, 500 anos (com a chegada dos portugueses);
•          Como todo grupo humano, os povos indígenas têm culturas que resultam da história de relações que se dão entre os próprios homens e entre estes e o meio ambiente; uma história que, no seu caso, foi (e continua sendo) drasticamente alterada pela realidade da colonização;
•          A divisão territorial em países (Brasil, Venezuela, Bolívia etc.) não coincide, necessariamente, com a ocupação indígena do espaço; em muitos casos, os povos que hoje vivem em uma região de fronteiras internacionais já ocupavam essa área antes da criação das divisões entre os países; é por isso que faz mais sentido dizer povos indígenas no Brasil do que do Brasil.

A expressão genérica povos indígenas refere-se a grupos humanos espalhados por todo o mundo, e que são bastante diferentes entre si. É apenas o uso corrente da linguagem que faz com que, em nosso país e em outros, fale-se em povos indígenas, ao passo que, na Austrália, por exemplo, a forma genérica para designá-los seja aborígines. Indígena ou aborígine, como ensina o dicionário, quer dizer "originário de determinado país, região ou localidade; nativo". Aliás, nativos e autóctones são outras expressões usadas, ao redor do mundo, para denominar esses povos.

O que todos os povos indígenas têm em comum? Antes de tudo, o fato de cada qual se identificar como uma coletividade específica, distinta de outras com as quais convive e, principalmente, do conjunto da sociedade nacional na qual está inserida.

*O texto acima foi retirado da página do Instituto socioambiental. Para maiores informações, clique aqui


E você, o que conhece dos povos indígenas que vivem no Brasil? Já pensou na diversidade e pluralidade de culturas que existem no país além da sua?
A partir do dia 10 de setembro, a mostra “Arte Fatos Indígenas”, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, irá abordar essa questão e muitas outras. Venha nos visitar!!
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